O dedo em gatilho é uma doença cientificamente conhecida como tenossinovite estenosante (inflamação por apertamento), do inglês “trigger finger”. É uma patologia muito comum da mão causada por um processo inflamatório crônico na região das polias dos tendões flexores.
Geralmente o “engatilhamento” é mais comum e ocorre mais pela manhã ao despertar e vai melhorando com o passar do dia. É difícil encontrar o motivo exato do acometimento para cada pessoa, mas pode estar correlacionado a movimentos repetitivos, herança genética e Diabetes, podendo afetar pessoas de todas as idades, mais comumente as mulheres, sendo, também, encontrada com muita frequência em crianças.
SINTOMAS
O primeiro sintoma geralmente é a dor com dificuldade em dobrar a base dos dedos (fase 1). Com o aumento do processo inflamatório, pode ocorrer o “travamento” do dedo, onde se é possível destravar sem ajuda da outra mão (fase 2). Na próxima fase, para o destravamento do dedo, é necessária a ajuda da outra mão (fase 3). Por fim, com a piora dos sintomas, o dedo trava com uma dor muito intensa, não sendo possível ser destravado nem com a ajuda da outra mão (fase 4), causando uma situação desesperadora emergencial.
DIAGNÓSTICO
Na maioria das vezes, um bom exame clínico é suficiente para o diagnóstico do dedo em gatilho. A ultrassonografia poderá evidenciar uma tenossinovite (processo inflamatório). Geralmente não se faz necessária a realização de exames como ressonância nem tomografia.
TRATAMENTO
O tratamento pode ser clínico, com uso de fisioterapia, medicação e imobilização, podendo haver melhora em alguns casos e de maneira provisória momentânea.
A infiltração com corticóide é uma opção. Promove, na maioria dos casos, alívio temporário da dor e do engatilhamento, embora seja um procedimento doloroso e com risco de infecção (tenossinovite bacteriana), o que seria um desastre no tratamento. Às vezes, com várias infiltrações, o tendão pode ficar enfraquecido e até romper espontaneamente.
O tratamento cirúrgico é uma opção utilizada na falha dos outros métodos ou quando o travamento e a dor são intensas, contínuas e comuns. O índice de infecção é muito baixo, sendo um procedimento de rotina, com baixo índice de complicações e excelentes resultados. Geralmente o procedimento é realizado com a alta do paciente para o mesmo dia ou no máximo no dia seguinte pela manhã. A anestesia local pode ser utilizada e a recuperação se faz em aproximadamente 2 semanas.
O especialista da mão é o médico mais habilitado para o tratamento desta
doença, principalmente quando necessário o tratamento cirúrgico. Existem várias
estruturas próximas como nervos, tendões, artérias, que, caso lesadas, podem comprometer o ideal funcionamento dos dedos e até mesmo da mão. Procure o seu Ortopedista especialista em Cirurgia da Mão para o adequado tratamento.